A COGECA participou no Fórum Europeu sobre micotoxinas nos cereais, compostos tóxicos produzidos por fungos em alimentos, organizado entre os dias um e dois de Fevereiro, para destacar o compromisso dos agricultores a favor da redução da presença destes compostos nas rações, utilizando melhores técnicas disponíveis.
Em nome do Copa-Cogeca, Ian Backhouse declarou que «os agricultores são capazes de controlar a presença das micotoxinas mas não podem destruir a nível do solo. Para melhorar a contribuição dos produtores a médio prazo, devem desenvolver-se novas variedades e são necessárias disponibilizar uma diversificada gama de ferramentas fitossanitárias».
Os participantes do fórum confirmaram que as condições meteorológicas durante as fases criticas de desenvolvimento das plantas são o factor chave, seguidas pela presença de resíduos nas culturas, sendo impossível realizar um controlo visual das mesmas no campo.
Os legisladores devem autorizar os agricultores a utilizar ferramentas flexíveis para que possam tomar decisões sobre como gerir as suas culturas, como por exemplo, deixar á descrição dos agricultores a decisão de lavrar as terras ou de implementar um plantio directo, e não aos legisladores.
Backhouse afirmou que «os agricultores têm cada vez mais dificuldades para responder às crescentes exigências das normas europeias, além disso não podem controlar o incontrolável, ou seja, as condições meteorológicas, por isso é urgente desenvolver uma estratégia a longo prazo de toda a cadeia alimentar».
O secretério-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen concluiu que «os agricultores e suas cooperativas têm vindo a esforçar-se cada vez mais para reduzir o risco que representa a presença de micotoxinas nos cereais». Solicitando à Comissão Europeia que aumente e apoie as acções sectoriais comuns com o objectivo de atingir um menor risco.
Pesonen acrescentou que o pretendido não é controlar cada lote, mas sim os lotes em função de risco de contaminação potencial, concluiu.
Fonte: COGECA e Confagri