Cereja IGP da Cooperativa da Cova da Beira regista mais procura

A mais de um mês para a apanha da cereja, a Cooperativa de Fruticultores da Cova da Beira regista já uma procura maior que a registada em 2006, principalmente por parte de grandes superfícies, revelou o presidente da instituição.

Segundo José Rapoula, “nota-se que as principais grandes superfícies estão mais interessadas na cereja da Cova da Beira e neste momento já há encomendas”. “O nosso único receio é não termos quantidade suficiente para a procura”, disse aquele responsável à Agência Lusa.

Os preços e as quantidades definitivas a fornecer ainda dependem das previsões de produção, no princípio de Maio. Mesmo assim, “as grandes superfícies da Sonae, Carrefour, Auchan e Jerónimo Martins já têm acordos estabelecidos” para vender cereja da cooperativa da Covilhã, adiantou José Rapoula.

Em 2006, a Cooperativa forneceu um pouco mais de 300 toneladas de cereja e este ano espera manter o valor. Ainda assim, é uma pequena quantidade quando comparada com o total produzido na Cova da Beira, pois segundo Rapoula, “estima-se que esta região produza entre cinco a seis mil toneladas de cereja por ano, ou seja, cerca de metade da produção nacional de cereja”.

O fruto é escoado também por outras entidades que comercializam cereja e “por muitos comerciantes e essa cereja não é registada nas estatísticas”, alertou. José Rapoula disse estar certo de que o facto da cooperativa ser a única do país cuja cereja é certificada com Indicação Geográfica Protegida (IGP) contribui para o aumento da procura.

“Desde o ano passado que estamos a apostar na IGP e isso é uma garantia de qualidade que está a trazer resultados”, sublinhou, acrescentando que só os agricultores certificados por uma entidade independente podem ostentar a marca Cova da Beira, detida pela cooperativa de fruticultores.

“A cooperativa paga aos produtores mais 10 cêntimos por quilo no caso da cereja respeitar o parâmetros da IGP. É um incentivo para seguirem normas de qualidade e serem certificados”, explicou José Rapoula.

Fonte: Confragi

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