Carne na bagagem e pássaros mortos

“Temos estado muito atentos, não apenas no que diz respeito a aves, mas a todos os animais exóticos que são importados como animais de estimação”, afirmou o vice-director da Direcção-geral de Veterinária (DGV), Fernando Bernardo, sobre o controle que está a ser exercido no âmbito da prevenção da gripe das aves.. Um susto com uma importação de aves exóticas e o aparecimento de carne de aves crua na bagagem de turistas são as únicas anomalias a assinalar.

O facto de nos últimos “ter sido detectada muita carne de aves nas bagagens pessoais de turistas, especialmente chineses, é apontado precisamente como exemplo deste controlo mais apertado. Por algum motivo, as pessoas trazem consigo carne fresca, cortada. Na semana passada, foi detectada uma pessoa no aeroporto do Porto com sete quilos de carne, que foi de imediato destruída”.

Se estas operações começam quase a ser uma rotina, o que aconteceu nos últimos dias de Agosto causou alguma agitação por parte das autoridades. Ao aeroporto de Lisboa chegaram mortas cerca de quatro mil aves ornamentais, vindas dos Emirados Árabes Unidos.

Tratava-se de uma importação absolutamente legal, da reposponsabilidade de um comerciante do Norte do país. Numa escala em Milão, as aves estavam já moribundas, o que fez levantar suspeitas e me dos de que poderia tratar-se do vírus H5N1. “A decisão das autoridades italianas foi enviar as aves para Madrid, em vez de respeitarem os que está previsto, ou seja, fazer o sequestro e avaliar o problema”, referiu Fernando Bernardo.

Quando chegaram a Madrid, as aves estavam todas mortas. “Nessa altura é o próprio importador que decide ir buscá-las para que fossem observadas pelo Posto de Inspecção Fronteiriço em Portugal (elementos da DGV)”, explicou o vice-director, acrescentando que se verificou que não estavam doentes, mas que tinham sido mal acondicionadas e tinham morrido por desidratação.

Apesar de não se ter confirmado o pior cenário, como a gripe das aves, a situação na altura provocou algumas agitação, até porque ocorreu dias depois das notícias que revelavam a detecção da gripe das aves na Rússia. Por outro lado, salientou Fernando Bernardo, “o controlo dentro do espaço da União Europeia não se concretizou, começando logo em Itália. Mas não é uma situação nova, basta para isso recordar a BSE”.

Fonte: JN

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