Canadá detectou H5N1 em aves migratórias

O subtipo H5N1 do vírus da gripe das aves foi testado positivamente em aves migratórias interceptadas na província de Manitoba, no Canadá. Embora com a garantia de que não se trata de uma estirpe tão virulenta quanto a que já causou perto de 70 mortes na Ásia, a notícia representa mais um sinal da internacionalização de novos subtipos daquela doença animal.

A confirmação da descoberta de um vírus H5 naquela região e no Quebeque tinha sido dada no princípio deste mês. No entanto, as autoridades não acreditavam tratar-se da estirpe letal que gerou já uma epizootia (epidemia animal) na Ásia. Afinal, tem a mesma designação, mas, de acordo com a Agência Canadiana de Inspecção dos Alimentos, não é altamente patogénica.

A confirmação surge num dia em que, na Europa oriental, 14 países dos Balcãs e do Mar Negro se juntaram numa reunião inédita. Em causa, o mesmo risco as aves migratórias. Aquela região é considerada a porta de entrada da gripe das aves na Europa e engloba quatro países em que já foram registadas infecções com H5N1 (Turquia, Roménia, Croácia e Rússia). O encontro da Grécia permitiu lançar as bases de cooperação mútua baseada na “transparência” e “solidariedade” entre países política e economicamente diferentes e com relações por vezes tensas. Que puderam ouvir da parte do comissário europeu da Saúde que a União daria “toda a assistência técnica” aos vizinhos extracomunitários (dos presentes, apenas a Grécia e Chipre pertencem à UE), mas não financeira.

Os 14 estados comprometeram-se a garantir internamente a “colaboração efectiva entre os ministérios da Saúde e da Agricultura”, bem como a desenvolver planos nacionais de controlo do vírus e dá-los a conhecer aos vizinhos. A comunicação imediata de qualquer caso de infecção é outra dos promessas.

“Uma coordenação dos países quanto à comunicação do risco é essencial para oferecer uma informação fiável ao público e evitar reacções de pânico e problemas de ordem social e económico”, lê-se nas conclusões. Zona de passagem das aves migratória em direcção a África, a região dos Balcãs e do Mar Negro está particularmente exposta aos riscos de propagação da epizootia do H5N1.

Fonte: JN

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