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O Hospital S.João, Porto, enviou à Direcção-Geral de Saúde um relatório que confirma que a nova variante da Doença de Creutzfeldt-Jacob foi a causa da morte de um rapaz de Famalicão em Abril, disse fonte da unidade.
A mesma fonte explicou que, após a morte do rapaz, em Abril, a DGS pediu ao Hospital S. João que fosse feita uma análise ao cérebro, para saber se se confirmavam as suspeitas que existiam já há dois anos.
A autópsia confirma assim a primeira morte em Portugal relacionada com esta nova variante da doença.
Um segundo caso provável da variante da DCJ, detectado numa rapariga de 14 anos também da zona de Famalicão, ainda não está confirmado.
“No caso da menina, que ainda está viva, não está 100 por cento confirmado que seja a variante da DCJ”, disse a fonte.
A Direcção-Geral de Saúde já tinha anunciado em Fevereiro a notificação de um segundo caso provável de variante da Doença de Creutzfeldt-Jacob (DCJ) “com evidência laboratorial”, mas apenas tinha referido que se tratava de uma jovem portuguesa residente no Continente.
Em comunicado datado de 20 de Fevereiro, a DGS salientou que não existem perigos de contágio, uma vez que a doença não se transmite de pessoa a pessoa.
Em Junho de 2005, as autoridades de saúde anunciaram a existência do primeiro caso provável em Portugal da nova variante da DCJ, diagnosticado num jovem do sexo masculino.
O director-geral de Saúde, Francisco George, referiu então à Lusa que é necessário distinguir entre a Creutzfeldt-Jacob geralmente diagnosticada em pessoas de idade e a nova variante da Creutzfeldt-Jacob.
A nova variante aparece em pessoas de idade jovem e tem uma relação com o consumo de carne de bovino, explicou na altura Francisco George.
“Há uma média de 10 casos por ano diagnosticados da Creutzfeldt-Jacob tradicional [em Portugal]”, acrescentou.
“Esta doença tem um período de incubação longo e traduz um problema que terá havido há já uns anos”, concluiu o responsável.
Os casos da doença das vacas loucas continuam a diminuir em Portugal, com 31 animais detectados no ano passado, o número mais baixo registado desde 1999, segundo dados oficiais a que a Lusa teve acesso.
A BSE é uma doença degenerativa que afecta progressivamente o cérebro dos bovinos e que pode ser transmitida ao homem.
Fonte: Agroportal
