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A Comissão Europeia divulgou a proposta relativa às possibilidades de pesca para 2009. O plano prevê cortes nas quantidades colhidas em águas portuguesas que podem chegar quase a 40%, no caso do carapau.
A pescada é o único peixe que Portugal poderá colher em maior quantidade – 10%, mais 1047 toneladas, por comparação com a proposição comunitária anterior.
Dada a “sobreexploração da maior parte das unidades populacionais”, Bruxelas pretende que a pesca do carapau na costa portuguesa seja reduzida em 38,7%, um corte superior a 22 mil toneladas.
A proposta da CE tem em conta o parecer científico sobre o estado das unidades populacionais de peixe avançado pelo Conselho Internacional de Exploração do Mar, o parecer do Comité Científico, Técnico e Económico da Pesca da Comissão e diz respeito aos recursos haliêuticos do Atlântico Nordeste e do mar do Norte.
Bruxelas afirma que há espécies de peixes que continuam a ser pescadas para além do razoável, por isso, para manter a sustentabilidade do sector, “torna-se necessário pescar menos a curto prazo”.
O comissário europeu responsável pela área admite que houve “progressos reais” na gestão das pescarias “nos últimos seis anos” e começa a notar-se a recuperação de determinadas unidades populacionais, a longo prazo.
Os planos do esforço de pesca da CE não prevêem mais de 15% de variação, qualquer que seja o sentido, relativamente ao ano anterior, a não ser que alguma espécie requeira medidas mais prementes de intervenção. A proposta da comissão sobre os totais admitidos de captura tem ainda de ser discutida no Conselho de Ministros de Dezembro, altura em que serão decididas as quotas de pesca atribuídas a cada país, que normalmente encerram com cortes menos acentuados que os pedidos pela CE.
Fonte: Jornal de Notícias
