Brasil: Governo recua e diz que só imporá barreiras à exportação de arroz em situações extremas

O governo brasileiro recuou na proibição às exportações do arroz diante da pressão dos produtores rurais e informou que medidas restritivas só serão adoptadas em caso extremo, caso a venda para o exterior comprometa a oferta interna.

“Nós vamos deixar o mercado fluir, desde que não haja risco de falta de abastecimento”, afirmou quinta-feira o ministro brasileiro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

Actualmente, o ‘stock’ do governo conta com 1,6 milhões de toneladas, e o das empresas privadas, com mais de 1,8 milhões.

As exportações anuais de arroz do Brasil atingem as 800 mil toneladas.

“A nossa preocupação é que não passemos deste limite”, disse Stephanes.

Na quarta-feira, o ministro da Agricultura anunciou que a venda de ‘stock’ do governo para outros países seria suspensa temporariamente para evitar uma crise de abastecimento interno e uma subida de preços.

A medida assustou os produtores, já que o governo não costuma exportar os seus ‘stocks’.

Em reunião, realizada esta quinta-feira com os produtores, o governo resolveu acalmar os ânimos e garantiu que só haverá restrições às exportações se houver um agravamento da crise mundial.

O governo anunciou também que vai leiloar 55 mil toneladas de arroz do seu ‘stock’, a partir de 05 de Maio, para evitar um aumento súbito nos preços do cereal, que apenas nos últimos dez dias já subiu 30 por cento, no Brasil.

Os crescentes preços globais dos alimentos têm sido impulsionados por uma maior procura em países emergentes, secas em algumas áreas importantes, altos preços do petróleo, além da competição com os biocombustíveis, nomeadamente em países como os Estados Unidos, que utilizam o milho para produzir etanol.

Fonte: Agroportal

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