Azeite de Trás-os-Montes DOP: Novos sucessos internacionais!

Para alguns mais cépticos, a sucessão de prémios que o Azeite de Trás-os-Montes DOP tem obtido, resulta apenas do acaso. Para outros os prémios nacionais ou internacionais não têm qualquer importância pois o mercado do granel continua em depressão.

Existem mesmo aqueles que acreditam que é possível conseguir a valorização do azeite nacional e regional sem trilhar o caminho da credibilização e do prestígio, principalmente nos mercados internacionais que valorizam o azeite de excelência.

Os diferentes prémios obtidos, em particular nestes últimos dois anos, são a prova de que nos últimos anos os olivicultores estão a promover uma nova abordagem empresarial ao olival, adoptando boas práticas de cultivo, antecipando a campanha e entregando a azeitona em boas condições de laboração. As unidades de transformação (cooperativas e lagares) depois de uma efectiva requalificação tecnológica implementaram boas práticas e normas de laboração, laborando a azeitona no dia da colheita, controlando as temperaturas e identificando e diferenciando a qualidade dos diferentes lotes. O apoio e a dispersão de informação e a formação do Painel de Provadores de Azeite de Trás-os-Montes tem sido fundamental para garantir e identificar lotes de azeite qualidade superior. Os embaladores têm gradualmente assumido o risco e o investimento na certificação DOP, na promoção e presença em concursos internacionais que, ao contrário do que se pensa não são gratuitos. Todos os anos aparecem novos embaladores.

Lamenta-se que não exista em Portugal uma Interprofissional do Azeite que assuma a valorização e protecção desta qualidade e da fileira.

Lamenta-se que ainda hoje esteja criada a ideia que a “lei dos galheteiros” foi revogada por decreto verbal de um ministro.

Lamenta-se que ainda não estejam publicadas e regulamentadas as alterações ao Regulamento CE 1019 que determina a indicação do país de origem nos rótulos de azeite.

Lamenta-se que a denominação “azeite” ainda seja a designação comercial de azeite refinado misturado com azeite virgem extra.

Lamenta-se que Portugal seja o único país produtor de azeite da Europa que não participa institucionalmente em certames como a SlowFood de Turim.

Mas como nem tudo são tristezas, hoje, mais uma vez, temos o prazer de divulgar mais três excelentes resultados para o Azeite de Trás-os-Montes, em três continentes diferentes, com diferentes tipos de embaladores: produtores, cooperativas e lagares, provando que é possível continuar o trajecto de qualidade já iniciado.

AZEITE PORCA DE MURÇA DISTINGUIDO EM CONCURSO INTERNACIONAL

O Azeite Porca de Murça conseguiu, uma vez mais, ser distinguido como um dos melhores azeites do mundo. Desta vez, o Lote 50 da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça, CRL (CAOM) arrecadou uma Medalha de Prata no prestigiado Concurso Internacional de Azeites “Los Angeles International Olive Oil Competition 2010”, onde estiveram presentes 477 azeites de 318 produtores de todo o mundo. A atribuição deste distinto prémio vem coincidir com uma fase de profunda reestruturação da CAOM, que, mantendo a qualidade que lhe é reconhecida por todo o mundo, decidiu diversificar a sua gama de produtos, dando-lhes uma imagem mais moderna e actual. O investimento realizado em termos de imagem e o lançamento de novos produtos vem de encontro à ambição da cooperativa de reposicionar o Azeite de Murça nas suas diversas marcas, de forma a reforçar o seu posicionamento elevado no mercado, alicerçado na qualidade e características químicas e sensoriais de excepção do azeite produzido. Com este investimento a Cooperativa espera conseguir um aumento do volume de vendas de 20% em dois anos, alicerçado na aposta em mercados externos de elevado valor acrescentado. Já no próximo Natal, o Azeite Porca de Murça estará presente no mercado com 3 marcas comerciais distintas que reflectem o trabalho de selecção na produção, sendo o Azeite Porca de Murça a sua categoria “Premium”, o Azeite Senhor de Murça como a sua gama “Clássica”, e o “tradicional” Azeite de Murça. Esta segmentação pretende não só responder às actuais exigências dos consumidores nacionais, mas também se assume como uma clara resposta aos padrões de consumo dos mercados externos mais exigentes, como os Países Escandinavos, a América do Norte, o Brasil, Macau ou Japão. Tal como acontece com a economia portuguesa em geral, também o crescimento de produtos de “nicho” se sustentará no crescimento das exportações. Nesse sentido, a CAOM assume um claro reforço da qualidade dos produtos oferecidos e um investimento nos mercados externos mais exigentes, apreciadores de produtos portugueses de excelência. A maioria das exportações de Azeite Porca de Murça destina-se a mercados como o Canadá, Estados Unidos, Japão, Macau, França, Alemanha, Luxemburgo, Suíça, Bélgica, Holanda e Noruega. Contabilizando 984 associados, a Cooperativa Agrícola representa a maioria dos pequenos produtores do concelho de Murça, que individualmente não teriam capacidade e estrutura para desenvolver o trabalho de mercado necessário à transformação, difusão, promoção e rentabilização das suas produções, revestindo-se de importância crucial para a manutenção dos agricultores na actividade agrícola. Economicamente é uma das principais fontes de receita do concelho, que subsiste suportado em dois produtos agrícolas principais, o vinho e o azeite. No ano transacto, a CAOM transformou 1.800 toneladas de azeitona e produziu 290.000 litros de Azeite. Este ano, as expectativas apontam para um aumento da produção na ordem dos 5% e para uma qualidade similar à do ano anterior, um Azeite Virgem Extra com acidez de 0,2%, que representa cerca de 95% da produção total. Para além da nobre distinção atribuída ao produto, este galardão é igualmente o reconhecimento do esforço e dedicação dos cooperantes da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça, para quem a qualidade do azeite obtido é um motivo de orgulho. Obtido dos olivais tradicionais do concelho de Murça, este azeite é extraído com as técnicas mais modernas, segundo padrões de qualidade extremamente elevados.
(Crédito do texto à Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça)

AZEITE JOÃO DAS BARBAS MAIS UM SUCESSO INTERNACIONAL

O Azeite de Trás-os-Montes DOP, João das Barbas, produzido e comercializado por Constança Doutel de Andrade venceu mais um prémio internacional.

Desta vez o Azeite de Trás-os-Montes João das Barbas classificou-se no segundo lugar da Categoria Virgem Extra DOP do Primo Campionato del Mondo Olio Extravergine di Oliva – Expò Shanghai 2010, promovido pela Associazione “Fiera Itinerante del Medio Tirreno Calabrese -F.I.ME.TI.CA. e que decorreu na Exposição Mundial de Shangai 2010.

Este prémio vem mais uma vez confirmar o excelente trabalho que está a ser realizado por esta produtora.

GUIA FLOS OLEI 2011 – A CONFIRMAÇÃO DO SUCESSO

Foi publicada a edição do Guia FLOS OLEI 2011 promovida pelo famoso provador de azeite Marco Oreggia. (www.marco-oreggia.com)

A região de Trás-os-Montes e Alto Douro está representada com 9 produtores entre os 17 portugueses presentes no Guia.

Maria Constança de Castro Doutel de Andrade
Quinta do Crasto
Clemente Menéres
João Batista Pinheiro Paulo
Tetribérica – Agricultura Biológica
Quinta Vale do Conde
Cooperativa de Olivicultores de Valpaços
Hernâni Verdelho
Produção e Comercialização de Vinhos e Azeites Viaz

Este ano o destaque individual vai para o azeite Risca Grande do Alentejo que conquistou um lugar entre os 20 melhores, neste caso dedicado ao melhor Virgem Extra Biológico.

No entanto é necessário destacar que o azeite português com melhor pontuação foi o Azeite de Trás-os-Montes DOP – Romeu da Sociedade Clemente Menéres com 92 pontos.

A presença dos azeite regionais e nacionais entre os 19 países representados neste Guia, representa uma enorme responsabilidade e é fundamental garantir que ano após o azeite regional e nacional marca presença neste guia de referência internacional para assim se credibilizar nos mercados que valorizam a qualidade.

Fonte: Agroportal

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