Azal garante venda de todo o azeite produzido no Redondo

A Azal, empresa recém-constituída de capitais nacionais, vai garantir o escoamento de toda a produção de azeite da zona do Redondo, tendo adquirido a adega cooperativa dos olivicultores da vila e assumido o seu passivo.

A nova marca, criada por um grupo de empresários, foi ontem oficialmente apresentada. A facturação esperada é de quatro milhões de euros dentro de três anos, 60% dos quais serão resultado de exportações. “A preparação nos mercados externos já está em curso, com prioridade no Norte da Europa, Canadá e Estados Unidos”, afirmou João Morais e Castro, um dos sócios da Azal.

A aposta nestes países prende-se com os fortes crescimentos registados no consumo, embora não sejam mercados tradicionais de compra de azeite. Mas mesmo em Portugal, existe um potencial de crescimento significativo (ver texto em baixo).

Mas a empresa diferencia-se sobretudo pela ligação aos produtores. “O formato do projecto desenvolvido permite o envolvimento e participação dos olivicultores no negócio da empresa, tornando-os accionistas desta. O processo passa pela transformação do valor total da dívida, aos produtores, em capital social numa percentagem total de 10% que ficará reservada aquando do aumento de capital social para um milhão de euros, ainda a realizar este ano”, explicou o responsável da empresa.

Assim, cada olivicultor ficará accionista da empresa, sendo detentor do número de acções correspondente ao valor da referida dívida.

Outra alternativa apresentada passa pela amortização total do valor da dívida (de 750 mil euros) através do sistema de pagamento de um acréscimo de cinco cêntimos por quilograma nas futuras entregas de produção.

O lagar comprado tem uma capacidade de produção média de 1,5 milhões de quilogramas de azeitonas por ano. Contudo, estudos indicam que o potencial do olival da região pode atingir o dobro deste valor.

Posicionando-se como uma marca premium, a Azal (nome que resulta da contracção de azeite com Alentejo) não será comercializada nas grandes superfícies. O retalho será “seleccionado e especializado, além de canais adicionais, como lojas free shop”. Até ao final do ano, os cinco produtos da Azal deverão estar presentes em 450 pontos de venda.

“Não queremos ter uma distribuição massificada devido ao posicionamento do produto e também porque não temos uma grande capacidade de produção”, explicou João Morais e Castro. Com um investimento de 2,2 milhões de euros, a empresa espera facturar 1,8 milhões em 2007. C

Fonte: Diário de Notícias

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