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Criadores de aves portugueses sublinharam hoje que adoptaram medidas “além das determinadas pela Europa” para prevenir doenças, nomeadamente a contaminação pelo vírus da Gripe das Aves, detectado sábado numa exploração em Inglaterra.
“Tomámos medidas que vão muito para além do que tem sido determinado na Europa. Os avicultores portugueses são neste momento uma referência a nível europeu”, afirmou à agência Lusa Fernando Correia, dirigente de uma das maiores associações de criadores de aves em Portugal, a Socampestre.
A produção exclusiva de aves confinadas, a criação de planos de desratização e a existência obrigatória de uma rede que impede a entrada de possíveis contaminantes, como gatos ou cães, foram alguns exemplos de medidas apontadas para prevenir doenças.
Embora admitindo que a detecção do vírus da Gripe das Aves em Inglaterra possa alarmar os consumidores em Portugal, Fernando Correia considerou “as possibilidades de contaminação diminutas”.
“As medidas que tomámos diminuem ao máximo as possibilidades de contaminação”, disse o responsável da Socampestre. “Portugal é um país ‘sui generis’ no que toca à saúde avícola, muito por causa da situação geográfica, que permite uma menor passagem de aves migratórias, e por causa das condições climatéricas substancialmente diferentes”, referiu ainda Fernando Correia.
O vírus H5N1 da Gripe das Aves foi confirmado sábado numa criação de perus do leste de Inglaterra, onde deverão ser abatidas 159 mil aves nos próximos dias. As autoridades inglesas informaram o Governo português de que há 60 trabalhadores, cujas nacionalidades ainda se desconhecem, que estiveram em contacto com as aves e que estão já a ser tratados com medicamentos anti-virais.
A criação de perus pertence a uma empresa internacional, que está sedeada em Inglaterra e que emprega, além de cidadãos ingleses, polacos, romenos e portugueses. Um responsável sindical da região inglesa revelou sábado à Lusa que trabalham no complexo aviário quase mil trabalhadores portugueses.
Fonte: Lusa
