Segurança Alimentar Desde 2004 a tratar da Segurança Alimentar em Portugal
Artigos Relacionados
Aromático, fresco, macio a frutado, um final de boca interessante. Estas são as características do novo vinho verde (2004) da Quinta da Aveleda. Ao “blend” já incorporado, às castas Trajadura, Loureiro e Arinto, foi introduzida a casta Alvarinho proveniente de vinhas existentes na quinta. Daí um vinho dotado de outro carácter, a que não é alheia a colaboração de Dennis Dubordieu, professor da Universidade de Bordéus.
A exuberância de sabores deste vinho torna-o recomendado para o aperitivar, a servir de companhia a uma refeição mais aligeirada. Eis o resultado do empenhamento da Sociedade Agrícola e Comercial da Quinta da Aveleda, em Penafiel, que tem vindo a perfilhar novas tecnologias de vinificação. As técnicas de cultivo e a delicadeza na selecção das uvas constituem o binómio para a obtenção de um mais elevado grau de maturação. Trata-se de uma filosofia renovada desta empresa familiar, só do vinho verde proprietária de 120 hectares de área. O volume de investimento, revelaram os administradores António e Luís Guedes, cifrou-se em dez milhões de euros na última década. O desafio centra-se agora na reestruturação do portfolio, no sentido de o aproximar do gosto dos consumidores.
A nível internacional, estão elencados três mercados EUA, Canadá e Alemanha. Os países estrangeiros absorvem, já, metade do total de vendas, incluindo o Charamba, vinho do Douro. É assim assinalável o crescimento da Quinta da Aveleda. Falam os números: cerca de 12 milhões de garrafas-ano produzidas e uma facturação para 2005 estimada em 25 milhões de euros. Quinta com alma, a Aveleda, aberta aos visitantes, é um deleite para o espírito. Recanto frondoso, jardins, alamedas, caminhos, ma-ta, bosques românticos. Um mar verde e fresco. No recolhimento vínico ouvem-se cânticos gregorianos embalando o sono profundo da aguardente velha. Depois, em redor, o prodígio telúrico, a memória dos lugares, a emoção dos instantes inapagáveis ao contemplar lagos, sobreiros, cedros. Fica a esperança de generosas vindimas.
Fonte: DN
