A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) terminou ontem a “Operação Beta-Furacão”, destinada a investigar a administração de produtos tóxicos para engorda rápida de animais. Foram apreendidos 1861 bovinos.
Ao longo dos últimos seis meses, foram inspeccionadas explorações, matadouros, fábricas de ração e transportes de animais, tendo-se detectado fármacos prejudiciais à saúde humana. Um total de 194 inspectores participaram da operação, confiscando 4350 quilogramas de aditivos alimentares.
Foram também recolhidas amostras de pêlo e urina dos animais vivos, amostras de água de bebedouros e de rações; dos animais mortos foram recolhidas amostras de fígado e de retina. Os trabalhos resultaram na instauração de oito processos-crime, quatro processos de contra-ordenação e no encerramento de duas fábricas de ração.
O vice-presidente da ASAE, Jorge Reis, explicou que os produtores que utilizam substâncias proibidas para a engorda de animais estão a praticar um «crime económico e um crime contra a saúde pública».
De acordo com o Diário de Notícias, a administração das chamadas betagonistas viola três leis do Código Penal: perigo relativo a animais ou vegetais, corrupção de substâncias alimentares ou medicinais e proibição de substâncias betagonistas.
Os resultados da “Operação Beta-Furacão” já levaram o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, a determinar que a «ASAE deve intensificar esta fiscalização a alargá-la à área da venda do fármaco».
Fonte: Diário de Notícias