ASAE alerta para «época alta» das infecções alimentares

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) chamou hoje a atenção para o cuidado a ter com os alimentos perecíveis devido ao Verão, considerada a «época alta» para as infecções alimentares.
«Os alimentos são estragados por bactérias, que se multiplicam com as temperaturas elevadas», pondo em risco a saúde dos consumidores, explicou Alexandra Veiga, técnica da Direcção de Avaliação e Comunicação de Riscos da ASAE.

Os alimentos mais vulneráveis, ou seja aqueles que precisam de ser guardados no frio, são as natas, o fiambre, a maionese, os ovos, a carne ou o peixe.

Alexandra Veiga advertiu para a necessidade de evitar manter estes alimentos entre os 5 e os 60 graus (zona de risco), por se tratarem de um intervalo de temperatura favorável à multiplicação das bactérias nos alimentos perecíveis.

Como truque para evitar o risco de desenvolvimento de bactérias nos alimentos, esta técnica sugeriu a colocação da comida na mesa o mais próximo possível da hora a que vai ser ingerida, evitando que os alimentos que devem estar no frio ou em temperaturas muito elevadas permaneçam tempo a mais na zona de risco.

Esta advertência surgiu num seminário organizado hoje em Lisboa pela ASAE sobre a «Avaliação dos Riscos na Cadeia Alimentar».

As infecções alimentares em tempo de Verão são uma preocupação da ASAE, que este ano vai desencadear acções de inspecção nos apoios de praia, nomeadamente restaurantes ou cafetarias, disse o inspector-geral da ASAE, António Nunes.

Além das praias, esta autoridade vai ocupar também o Verão a fiscalizar os saldos e as promoções no comércio do vestuário.

No seminário, foi também abordada a participação da ASAE na criação, a nível europeu, de uma «plataforma de risco emergente», que pretende tentar prevenir eventuais riscos alimentares.

A Base de Dados de Suplementos Alimentares, nomeadamente complexos vitamínicos, ácidos gordos, ómega 3 ou preparados à base de ervas, foi outro tema abordado.

Paulo Fernandes, da ASAE, explicou que a base de dados, que só será utilizada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, está já a ser utilizada, embora ainda esteja a ser carregada.

A base de dados permite, nomeadamente fazer uma avaliação de risco dos produtos e fiscalizá-los.

Fonte: Diário Digital

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