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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) vai dispor, em Janeiro, de 14 novos inspectores e precisa de mais 35 a 40 para completar o quadro de pessoal, disse hoje o presidente daquele organismo, António Nunes.
“Vão entrar mais 14 inspectores e espero que o secretário de Estado [Fernando Serrasqueiro] consiga o desbloqueamento de 35 a 40 pessoas para conseguirmos completar o quadro” afirmou António Nunes na inauguração do Centro de Formação Técnica (CFT) da ASAE, em Idanha-a- Nova.
Actualmente, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, criada em Janeiro e que reúne pessoal oriundo de nove diferentes organismos dos ministérios da Agricultura e Economia, possui 250 inspectores, além de pessoal laboratorial e administrativo, num total de cerca de 400 pessoas.
À agência Lusa António Nunes afirmou que o concurso interno geral da administração pública, de onde sairão os 14 novos inspectores encontra-se a decorrer, devendo a formação daqueles técnicos começar em Janeiro de 2007 e prolongar-se por cerca de ano e meio.
Sobre os 35 a 40 novos inspectores que hoje reclamou, sustentou que a necessidade de mais meios humanos “é constante”, sublinhando que uma das dificuldades com que a ASAE se deparou, aquando da sua constituição, foi a saída de alguns técnicos.
“O ano passado 12 inspectores do antigo IGAE [Inspecção-Geral das Actividades Económicas] foram para a Polícia Judiciária”, disse.
A formação dos quadros da ASAE irá decorrer no novo centro hoje inaugurado nos arredores de Idanha-a-Nova, na Herdade do Couto da Várzea, em instalações do Ministério da Agricultura, que no passado formaram jovens agricultores, mas que se encontravam sem uso.
“É um sinal de descentralização [o centro de formação] ter a sua sede bem no interior do país. É uma marca deste Governo, requalificar um organismo vocacionado para a formação” disse, por seu turno, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro.
Confrontado com o pedido de mais 35 a 40 inspectores por parte da ASAE, entidade que classificou como “a polícia do consumidor”, Fernando Serraqueiro disse que a secretaria de Estado irá “tentar satisfazer” essa pretensão, nomeadamente através da mobilidade de funcionários públicos oriundos de organismos onde há excesso de pessoal.
O CFT da ASAE vai efectuar também, desde já, acções de formação para funcionários, ao nível de conhecimentos, com 15 dias de duração, sendo que o centro tem capacidade para receber 32 formandos por semana.
“Nenhum de nós está isento de ser reciclado, de receber novos conhecimentos, para melhores resultados. Espero que todos os inspectores da ASAE passem por aqui”, disse António Nunes.
Fonte: Agroportal
