Angola: Produção de Algodão Reactivada com Financiamento da Coreia do Sul

O relançamento da produção de algodão em Angola vai ser financiado com 31,4 milhões de dólares por um banco sul-coreano, nos termos de um acordo hoje assinado em Luanda com o Ministério da Agricultura.

“A produção de algodão em Angola está completamente paralisada e o nosso objectivo é relançar esta actividade”, afirmou Joaquim Duarte, director nacional de Agricultura, Pecuária e Florestas, em declarações aos jornalistas.

Segundo Joaquim Duarte, que assinou o financiamento pela parte angolana, “numa primeira fase vai ser relançado o processo produtivo do algodão, seguindo-se depois a reactivação da componente industrial”.

Nos termos do acordo hoje assinado em Luanda, o EXXIBANK, da Coreia do Sul, vai disponibilizar 31,4 milhões de dólares para a implementação de um projecto de relançamento da produção de algodão na província angolana do Cuanza Sul.

O projecto, que envolverá uma área de cultivo com cerca de cinco mil hectares, prevê ainda a construção de infra-estruturas de irrigação e a prestação de assistência técnica aos produtores por um período de cinco anos.

O financiamento sul-coreano, que prevê o envolvimento de empresas daquele país asiático neste projecto, tem um período de reembolso de 30 anos.

Segundo Joaquim Duarte, o relançamento da produção de algodão em Angola conta também com verbas do Orçamento Geral do Estado, que serão aplicadas na reactivação de unidades de produção nas províncias de Malange, Benguela e Bengo.

A produção de algodão em Angola atingiu os seus valores máximos em 1973, antes da independência do país, altura em que foram produzidas mais de 86 mil toneladas.

Depois da independência, os níveis de produção caíram drasticamente até 1985, altura em que se produziram apenas 300 toneladas na sequência de uma tentativa de retomar a produção.

Cinco anos mais tarde, num novo esforço para relançar o cultivo de algodão, a produção atingiu 3.000 toneladas, mas este crescimento não teve seguimento devido a problemas ao nível da comercialização e da falta de financiamento para renovar os equipamentos.

Fonte: Lusa

Veja também

Consumo de café aumenta resposta ao tratamento da hepatite C

Os pacientes com hepatite C avançada e com doença hepática crónica que receberam interferão peguilado …