4800 hectares de pedidos de arranque de vinhas

O Ministério da Agricultura deverá ter recebido pedidos para arrancar vinhas em 4800 hectares, com a maior adesão ao programa que apoia a redução da produção de vinho a registar-se no Oeste e na Beira Interior.

Este número ainda está longe do objectivo traçado por Portugal, entre os 10 e 12 mil hectares, mas faltam ainda mais dois anos para terminar o programa comunitário, cuja entre das candidaturas aos apoios europeus terminou na passada sexta-feira, dia 12 de Setembro.

O objectivo de Bruxelas, definido no âmbito da reforma da organização Comum de Mercado do Vinho (OCM), é acabar com os excedentes de produção e reforçar a competitividade comunitária.

O processo de candidaturas de correu ao longo do mês de Agosto até sexta-feira, apesar da data inicial de limite, de cinco de setembro, acabar por ser prorrogada, devido ao surgimento de alguns problemas, como a actualização do património vitivínicola e à sua legalização, duas condições fundamentais para as candidaturas serem aceites.

A urgência para regularizar as várias situações coincidiu com as candidaturas, o que levou a situações caóticas nas direcções regionais, segundo as descrições dos produtores que viveram estes episódios na prática.

Os funcionários administrativos interromperam as férias e trabalharam nos fins-de-semana para dar resposta às solicitações, o que levou o ministério a alargar o prazo e permitir quer ce aceitassem candidaturas sem actualização do património, chamando-se posteriormente as pessoas para justificar o que têm, escreve o Público.

No Oeste e na Beira Interior foram as regiões onde se assistiu a uma maior corrida às candidaturas, talvez, como explica Paulo Renato Silva, da Associação dos Produtores Agrícolas da Sobrena, porque no Oeste foram sobretudo os mais idosos e com propriedades com menos dimensão que aderiram.

Na Beira Interior, há um caso grave de falência das adegas, diz um produtor de Figueira Castelo Rodrigo, Garcia Marques, adiantando que as uvas são pagas «a 7,5 cêntimos por quilo, quando os custos de produção ascendem a 20 cêntimos», o que levou muitos agricultores a verem os apoios ao arranque como «uma bóia de salvação».

Fonte: Público e Confagri

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