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A ideia de abrir as cantinas escolares no período de férias para garantir uma alimentação equilibrada a crianças carenciadas é uma das propostas da Direcção-geral da Saúde (DGS) para combater a crise.
A medida, já posta em prática por algumas autarquias, é uma das «Respostas da saúde pública à crise económica e social», que deverá hoje ser apresentada no I Congresso de Saúde Pública e que será tema de debate, entre outros, esta semana com a Organização Mundial da Saúde.
Apesar dos casos pontuais já identificados, entre os quais a notícia sobre a detecção de situações de fome e má nutrição no Hospital Amadora-Sintra, o director-geral da Saúde, Francisco George, fez questão de esclarecer ontem que «a actual situação do país não é alarmante».
Os dados conhecidos não são recentes, datam de 2007, e não se podem sequer atribuir à actual situação de crise, mas, ainda assim, revelam que de um universo de 600 crianças avaliadas, três por cento mostram sinais de má nutrição.
No entanto, uma ronda por alguns grandes hospitais do país permite desdramatizar a situação, não existindo registos de fome nas urgências pediátricas, contudo, apesar do clima de tranquilidade, a preocupação da DGS com a situação de empobrecimento súbito levou-a a delinear um conjunto de respostas.
O caso do concelho de Sintra pode servir de exemplo, onde a autarquia alargou o almoço gratuito a crianças que não cabiam nas definições previstas na acção social escolar, isto no caso do Ensino Básico, onde a câmara, para além do lanche, há dois ou três anos resolveu abrir as cantinas durante as férias, à semelhança da medida proposta pelo director-geral de saúde.
A ministra da Educação, confrontada ontem com a ideia, pediu para evitar alarmismos e garantiu não haver casos identificados de carência alimentar que as escolas não resolvam.
Fonte: JN e Confagri
